[ IVROS ] A Bagaceira - José Américo de Almeida
Já começo essa resenha, deixando claro que não sou estudante de Letras e nem tenho muita familiaridade na literatura Lírica, portanto, o meu parecer sobre o livro não é nada parecido com os resumões para vestibulares que vemos por aí. Tudo esclarecido, vamos a resenha.
A história se passa entre os anos de 1898 e 1915, dois períodos de seca forte. O senhor Valentim, sua filha Soledade e seu afilhado Pirunga, abandonam a fazenda onde moram em Bondo, no Sertão, e partem em direção aos engenhos, onde são acolhidos por Dagoberto, dono do Engenho Morzagão. Dagoberto é o demo em pessoa, manda e desmanda sem dó ou piedade no povo que trabalha pra ele. Lúcio é seu único filho, faz faculdade de Direito e não aceita os pensamentos e o jeito retrógrado do pai.
Nas férias da faculdade, Lúcio chega no Engenho e se apaixonada por Soledade, o que lhe traria muita tristeza, pois pra mim ela não era nada santa. Com a volta de Lúcio pra faculdade, o seu pai Dagoberto seduz Soledade, o que criou uma confusão dos diabos, levando a morte de um inocente e a prisão de outro (pai de Soledade).
Valentim após saber da verdade sobre quem seduziu quem, ameaça matar Dagoberto, que foge logo em seguida com Soledade e Pirunga, de volta pra fazenda do Bondo, no Sertão.
E pra vingar o padrinho preso, Pirunga provoca a morte de Dagoberto, deixando Soledade sozinha. Lúcio herda o Engenho do pai, casa - se, o tempo passa, e das cinzas, ou da seca, ressurge Soledade, acabada e com um filho pequeno. No começo Lúcio a ignora, mas depois reconhece a mulher e seu filho, e o toma como seu irmão.
Considerações Finais
Bom, a seca, os senhores de engenho e os retirantes, foram pano de fundo da história. Gostei de entender a diferença entre o Agreste e o Sertão, a terra e período de chuva são um pouco diferentes. Enfim, não sei se consegui entender e absorver toda a essência da história e da escrita rebuscada do autor, mas se você faz faculdade de Letras ou só se interessou mesmo pela leitura, é uma boa pedida.
Título: A Bagaceira
Autora: José Américo de Almeida
Editora: José Olympio
Páginas: 280
Ano de Publicação: 2017
Skoob: Adicione
Corações: 💓💓💓
Considerado o marco inicial da segunda fase do Modernismo brasileiro, A bagaceira inaugura o ciclo do “romance nordestino” dos anos 1930.
Obra-prima do romance regionalista moderno, a história se passa entre 1898 e 1915, os dois períodos de seca. O enredo central gira em torno do triângulo amoroso entre Soledade, Lúcio e Dagoberto. Soledade, menina sertaneja, retirante da seca, chega ao engenho de Dagoberto, pai de Lúcio, acompanhada de vários retirantes: Valentim, seu pai, Pirunga, seu irmão de criação, e outros que fugiam da seca. Lúcio e Soledade acabam se apaixonando. Mas a relação entre os dois ganha ares dramáticos quando Dagoberto violenta Soledade e faz dela sua amante.A tragédia de amor serve ao autor, político paraibano, puramente como pretexto para denunciar os problemas sociais econômicos do Nordeste, os dramas dos retirantes das secas e da exploração do homem em um injusto sistema social. Explorando os mesmos temas, o baiano Jorge Amado, a cearense Rachel de Queiroz, o alagoano Graciliano Ramos e o também paraibano José Lins do Rego desenvolveram a mesma literatura ficcional crítica e revolucionária.
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