[ LIVROS ] O Papel de Parede Amarelo: Opressão, Depressão, Terror Psicológico e Feminismo
Terminei a leitura desse clássico escrito por uma grande escritora
feminista norte-americana no final do século XIX, que é "O papel de parede amarelo" e gostei muito da história, mas curti ainda mais o posfácio. Pois é, coisa de leitora maluca, hahahaha <3 .
Bom, durante a minha leitura, eu fiquei matutando como assim aquela história? Já estava quase matando a mulher, coitada! Mas depois que fui entendendo o que o texto queria dizer, através das metáforas deixadas pela autora, aí sim comecei a compreender melhor toda a história. Mas foi lendo o posfácio que me apaixonei por Charlotte, uma mulher guerreira ao extremo. Mulher arretada essa, sofreu, penou muito, aguentou o machismo de quem dizia amá-la e só a prejudicava, e no final, venceu, mas não teve um final assim tão bacana na vida. Mas foi um livro maravilhoso mesmo assim...
O livro conta a história de uma mulher que foi confinada pelo marido médico em uma casa de campo depois de a ter diagnosticado com depressão nervosa. Ele a proíbe de fazer qualquer esforço físico e muito menos escrever. A mulher fica confinada no quarto a maior parte do tempo, escrevendo suas frases escondido em um diário/caderno, e olhando para o papel de parede amarelo que rodeia todo o quarto.
Essa obsessão que a personagem impõe a si, em descobrir o que há de errado com esse papel, de tirar a mulher que rasteja por ele, a deixa mais louca, beirando a histeria e chegando a citar por duas vezes o suicídio. Mas como sempre o seu marido não liga para isso, não liga para suas suplicas de ir embora dali, ou de pelo menos trocar de quarto. Ele sequer da a ela a chance de conversa, não da um pouquinho sequer de atenção a mesma. Ele acha que ela está melhorando, que logo, logo estará boa, e que ela terá que se esforçar para isso pelo amor que a mesma tem a ele. O filho da mãe nunca cita que ela tem que se esforçar por ela, para que ela fique bem, para cuidar da filhinha dela. Ele nem mesmo a apoia, é um idiota sem noção. Ou melhor, um machista filho da mãe. E o pior que homens assim, "culturas" assim a gente vê por todos os lados, em muitos países, inclusive aqui. O livro retrata muito bem a opressão que as mulheres sentiam na pele nessa época. A submissão está bem clara na história, e é bem triste.
Para escrever o conto, Charlotte se espelhou em experiências pessoais, experiências essas bem sofridas, um pai que a abandonou quando nem sabia da vida, uma mãe que nunca lhe dirigiu um afago e muito menos lhe demostrou carinho ou lhe ensinou o que era o amor, um marido que Deus me livre. Jornalistas homens que tratavam seu trabalho como um lixo, ou como uma afronta, pessoas que a julgavam o tempo todo e por aí vai. É uma história tocante, cheia de paradigmas, e que nos mostra através do posfácio o que a autora passou durante sua vida e de onde ela tirou tanta inspiração para escrever esse belo e triste conto.
É uma leitura que super indico a todos vocês, seja mulher ou homem. A diagramação está linda, gostei demais e é uma edição, uma história que vale a pena ter na estante.
Beijokas e até mais.
6 Comments
nossa esse livro traz o caso de muitas mulheres no mundo que passam por situações e relacionamentos assim, gostei muito da resenha bjs !
ResponderExcluirO livro parece ser sensacional, e nos fazer pensar na sociedade ao nosso redor. Gostei!
ResponderExcluirParece um livro maravilhoso, espero lê-los no futuro! Um beijinho enorme! xoxo
ResponderExcluirhttps://anafranciscasilvaserra.blogspot.pt
O papel de parede amarelo, UM LIVRO QUE APÓS LER SUA RESENHA ME DESPERTOU UM GRANDE INTERESSE EM LER ELE, SUA RESENHA FICOU MUITO BOA .
ResponderExcluirEsse livro parece do tipo que a cada frase lida nos vidra e nos emociona cada vez mais. Você fez uma ótima leitura!!
ResponderExcluirafyon
ResponderExcluirmuğla
batman
hakkari
artvin
SWFH4Y